Branca neve que surge entre folhas.
Traz uma nódoa de ametista viva
Lá bem no meio do canal que fica o pólen.
Um pouco de amarelo também emotivo existe
Para o beija flor e a abelha bulir no doce vida.
No fim de tarde a chuva de primavera chega
E no gotejar do céu azul acaricia a folha verde
A derramar esperança da gota d’ água
Que mata a sede do rebento fruto.
Amanhã irá laquear se
E aos poucos a ametista toma conta da branca neve.
Caiu a flor!
Por quê?
Momento mágico para deixar nascer
O pequeno verde limão introvertido
A formar o fruto de gosto intolerável.
Mas uma nova cor se aproxima!
É o laranja avermelhado
Que pouco a pouco domina.
E cada trecho desta mudança
É notado que exauriu se o vigor.
Mas a flor se mistura com os frutos!
Pois é intenso o ciclo de vida deste ser
E com a queda no gramado aparado
Do maduro fruto que já fora flor
Foi bom notar que este momento
É começo, meio e fim da flor de limoeiro
Que chega sempre nesta primavera de amor.
JRA (o poeta da verdade)
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