Coração negreiro bate forte no peito
Declamo versos enlaçados em desejo
A ti Preto Cosme ilustre guerreiro
Urrando anos devorados em sofrimento.
Nem bentevis, nem cabanos!
É a balaiada a firmar a libertação
Através do passo sofrido da pacificação.
Hoje a fleuma é recompensada
Em lembrar que a ti e por ti
Meu sangue é brioso por ser
Banhado por lutas de emoção
A cada quilombo espalhado
Por diversas terras e veredas
Dos engenhos açucareiros
Ficando no esquecimento
A dor praticada do feitor algoz
Mas nunca deixando a voz
Silenciar e lembrar que a paz
De hoje é orgulho e respeito
A cantar e cantar Brasil adentro...
JRA (o poeta da verdade).
1 comentários:
Belíssimo, poeta. Não esqueçamos da luta dos negros que, como ficou claro na poesia, é uma ferida traumática na história desse país. Gostei muito do ritmo da poesia também. Com certeza dá um samba, que junto com a capoeira, o candomblé e tantas outras formas de expressão que os negros consolidaram no Brasil, são um presente para a humanidade.
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